Luís Correia, PI – Um grupo de pais de alunos da Escola José Maria de Lima, localizada no bairro Cearazinho, está solicitando à gestão municipal a contratação de uma auxiliar para a turma do Infantil III. A reivindicação surge diante da preocupação com a sobrecarga da professora responsável, que cuida sozinha de 19 crianças, em uma faixa etária que exige maior atenção e assistência.
De acordo com os pais, a estrutura do colégio é adequada, e os profissionais são comprometidos com a educação das crianças. No entanto, a falta de um segundo profissional na sala de aula tem gerado apreensão. A principal questão levantada é: como uma única professora pode atender adequadamente a todas as necessidades das crianças, especialmente quando precisam ir ao banheiro ou necessitam de cuidados individuais?
“No início do ano letivo, algumas mães ficam na escola para auxiliar na adaptação das crianças, mas essa não pode ser uma solução permanente. Muitas mães trabalham e têm outras obrigações, e a responsabilidade pelo bem-estar das crianças dentro da escola deve ser garantida pelo município”, destaca uma das mães que fazem parte da mobilização.
Apoio Legal: O Que Diz a Legislação?
A reivindicação dos pais não se baseia apenas em preocupações pessoais, mas também em diretrizes legais. De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB - Lei 9.394/96), o atendimento à educação infantil deve ser realizado de forma a garantir a segurança e o bem-estar das crianças. O Plano Nacional de Educação (PNE) e as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (Resolução CNE/CEB nº 5/2009) reforçam a necessidade de um ambiente adequado, com profissionais suficientes para atender às demandas da faixa etária.
Além disso, conforme a Constituição Federal (art. 208, IV), a educação infantil é um direito da criança e um dever do Estado, garantindo atendimento em creches e pré-escolas de forma adequada. A ausência de auxiliares pode comprometer esse direito, expondo as crianças a riscos e dificultando o trabalho pedagógico da professora.
Os pais alertam para os riscos que essa situação pode gerar:
• Segurança comprometida: se uma criança precisa sair da sala para ir ao banheiro e outras também querem ir, quem fica responsável por monitorar os demais alunos?
• Prejuízo pedagógico: a professora precisa dividir sua atenção entre as necessidades individuais dos alunos e o conteúdo programado, prejudicando a qualidade do ensino.
• Desgaste da profissional: sobrecarregada, a professora pode ter dificuldades em atender a todas as demandas, afetando seu desempenho e, consequentemente, a aprendizagem das crianças.
Diante dessa realidade, os pais pedem um posicionamento da Prefeitura de Luís Correia e da Secretaria Municipal de Educação sobre a possibilidade da contratação de uma auxiliar para a turma do Infantil III.
“Deixamos nossos filhos na escola confiando que estarão bem cuidados. Mas, se algo acontece em um momento de descuido, quem será responsabilizado? O professor, que já está sobrecarregado? Isso é injusto com os profissionais e perigoso para as crianças”, afirma uma mãe que acompanha de perto a situação.
A comunidade escolar aguarda um retorno da administração municipal e espera que a solicitação seja atendida o quanto antes, garantindo mais segurança e qualidade no ensino das crianças da Escola José Maria de Lima.
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