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    Justiça Liberta Mulher Acusada de Envenenamento Após Laudo Pericial Descartar Presença de Veneno

    Parnaíba, PI – Após passar cinco meses na prisão acusada de envenenar dois irmãos, Lucélia Maria da Conceição Silva, de 52 anos, foi libertada na noite desta segunda-feira (13). Um laudo do Instituto de Medicina Legal (IML) descartou a presença de veneno nos cajus que teriam sido entregues aos meninos Ulisses e João Miguel Silva, de oito e sete anos, respectivamente.

    Lucélia, que foi recebida por jornalistas na saída da Penitenciária Feminina Gardência Gomes, na Zona Sul de Teresina, declarou sua inocência. "Meu sentimento agora é muito alívio", disse emocionada.

    A prisão em flagrante ocorreu em agosto de 2024, quando Lucélia foi acusada de ter causado a morte dos irmãos por meio de frutas supostamente envenenadas. Durante o período de detenção, a casa dela, em Parnaíba, foi incendiada por moradores revoltados com o caso.

    Segundo o advogado de defesa, Sammai Cavalcante, desde o início a acusada mantinha sua posição de inocência. “Foi um processo extremamente frágil, sem provas robustas. O resultado do laudo pericial só confirma o que ela dizia desde o princípio. Infelizmente, o impacto emocional e material já foi devastador”, afirmou.

    O laudo do IML, divulgado na última quinta-feira (9), foi determinante para a decisão da juíza Maria do Perpétuo Socorro Ivani Vasconcelos, da 1ª Vara Criminal de Parnaíba, que expediu o alvará de soltura. A análise nos cajus consumidos pelos irmãos apontou que não havia qualquer substância tóxica neles, o que levou o Ministério Público do Piauí (MPPI) a pedir a revogação da prisão.

    A investigação ganhou novos contornos após a prisão de Francisco de Assis Pereira da Costa, padrasto da mãe das crianças, acusado de envenenar um almoço no início deste ano. O episódio resultou na morte de quatro pessoas da mesma família. As autoridades agora reavaliam se Francisco pode estar envolvido também nas mortes de Ulisses e João Miguel.

    Lucélia, que teve sua casa destruída pela fúria popular, ficará na residência de familiares enquanto tenta reconstruir sua vida. A defesa afirmou que, após a confirmação da inocência, buscará reparação judicial pelos danos causados à imagem e ao patrimônio da acusada.

    A soltura não encerra as investigações sobre a morte dos irmãos. A polícia segue apurando os acontecimentos para identificar os verdadeiros responsáveis.

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