A Menina Maria Gabriela: Única Sobrevivente de Envenenamento Familiar em Parnaíba Segue Internada em Estado Grave
Maria Gabriela, a única criança que sobreviveu ao trágico envenenamento que ceifou a vida de sua família em Parnaíba, segue internada na UTI pediátrica do Hospital de Urgência de Teresina (HUT), em estado grave. De acordo com o último boletim médico, divulgado nesta terça-feira (21), o quadro de saúde da menina se agravou nas últimas 24 horas. A equipe médica não estabeleceu uma previsão de alta, mantendo Maria Gabriela sob vigilância intensiva.
A menina de apenas 8 anos é irmã de Igno Davi Silva, Lauane Fontenele, João Miguel e Ulisses Gabriel, que perderam a vida devido ao envenenamento. Davi e Lauane faleceram no início de janeiro deste ano, enquanto João Miguel e Ulisses morreram em agosto e novembro do ano passado, respectivamente. O crime aconteceu durante um almoço de Ano Novo, quando os familiares ingeriram um prato de arroz contaminado com terbufós, um pesticida altamente tóxico.
Além das vítimas fatais, outras pessoas da família também foram afetadas pelo veneno, mas sobreviveram. Lívia Maria Leandra, Maria Jocilene, Jhonatas Albert Pereira e Francisco de Assis Pereira foram internados, receberam alta e passam bem. Todos são parentes próximos das vítimas que não resistiram.
Após uma investigação minuciosa, a polícia prendeu Francisco de Assis Pereira, padrasto de Maria Gabriela, como principal suspeito do envenenamento em massa. De acordo com os investigadores, Francisco teria colocado o pesticida terbufós no arroz consumido pela família durante o almoço do dia 1º de janeiro. Esse mesmo veneno foi identificado no corpo de João Miguel e Ulisses, vítimas de envenenamento em agosto do ano passado após ingerirem cajus oferecidos por uma vizinha.
Francisco de Assis nega as acusações e, ao ser preso, a polícia encontrou em sua residência um baú com pertences pessoais, incluindo alimentos e revistas com conteúdo nazista. A apreensão das revistas gerou ainda mais suspeitas sobre a motivação do crime. Atualmente, Francisco está preso temporariamente, e a polícia tem um prazo de 30 dias para concluir o inquérito.
Uma reviravolta no caso ocorreu com a liberação de Lucélia Maria da Conceição Silva, de 54 anos, que havia sido acusada de envenenar duas crianças em Parnaíba. Lucélia estava presa desde agosto de 2024, após a polícia ter identificado que os cajus consumidos pelas crianças eram de sua propriedade. No entanto, após cinco meses de investigação, o Instituto Médico Legal (IML) confirmou que os cajus estavam livres de substâncias tóxicas, levando à reabertura do caso e à liberação de Lucélia.
Em sua primeira declaração após a libertação, Lucélia afirmou sempre ter se declarado inocente e agradeceu pelo apoio da sua família e advogado. "Sou inocente, sempre fui inocente, só quem sempre acreditou em mim foi meu advogado e minha família. Foi difícil, mas agradeço muito a Deus. Agora é só descansar em paz", disse ela, visivelmente aliviada.
O caso continua sendo investigado, e novas informações podem surgir nos próximos dias.
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