Turista de 16 anos é encontrado morto em Jericoacoara; gesto com as mãos pode ter motivado crime

Na pacata Vila de Jericoacoara, no Ceará, um caso trágico chocou moradores e turistas. Um adolescente de 16 anos, identificado pelas iniciais H.M.J., natural de Bertioga, São Paulo, foi encontrado morto na quarta-feira (18), em uma área isolada próxima à Lagoa Negra. O jovem havia desaparecido na madrugada de terça-feira (17), após retornar sozinho ao hotel onde estava hospedado com o pai.

Segundo o pai, Danilo, o adolescente havia saído de um restaurante na noite anterior ao crime, alegando cansaço e a necessidade de recarregar o celular antes da viagem de volta a São Paulo, programada para o dia seguinte. No entanto, ao retornar ao hotel, Danilo não encontrou o filho e iniciou uma busca pela região.

Imagens de câmeras de segurança revisadas pelo pai na manhã de terça-feira revelaram que H.M.J. foi rendido e levado à força por pelo menos sete indivíduos. A Polícia Militar foi acionada, e o corpo do jovem foi localizado no dia seguinte, em uma área de difícil acesso e pouco movimentada à noite.

Danilo relatou que, em fotos tiradas durante a viagem, o adolescente fez um gesto com as mãos associado a uma facção criminosa que atua no Ceará. Embora não haja confirmação oficial de que esse tenha sido o motivo do crime, a polícia investiga se o gesto foi interpretado como provocação por membros do crime organizado local.

No contexto do crime organizado, gestos com as mãos podem simbolizar facções rivais. O número “três” costuma representar um grupo cearense aliado ao Primeiro Comando da Capital (PCC), enquanto o número “dois” é associado ao Comando Vermelho.

O caso está sendo investigado pela Delegacia Municipal de Jijoca de Jericoacoara. As imagens das câmeras de segurança e os depoimentos de testemunhas são elementos-chave para identificar os responsáveis e esclarecer as circunstâncias do homicídio.

A Polícia Civil ainda não confirmou oficialmente a motivação do crime, mas reforça que o gesto com as mãos é uma linha de investigação. O caso levanta preocupações sobre a violência em regiões turísticas e o impacto do crime organizado na segurança pública.

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