Piauiense morta em SP foi confundida com assaltante e tiro partiu da arma de PM
A piauiense Marcela Francisca Ribeiro, que morreu durante um assalto em São Paulo, foi assassinada por engano e o tiro que a atingiu foi disparado por um policial militar. É isso o que mostram as imagens das câmeras de segurança do posto onde tudo aconteceu e o que a polícia concluiu no inquérito do caso. Marcela foi assassinada no último domingo (06) em um posto de combustível na zona Sul da capital paulista.
As imagens das câmeras de segurança mostram ela e o noivo, Wilker Michel, saindo da bomba de gasolina e indo em direção à bomba de calibragem do posto. Duas motos chegam com os assaltantes e anunciam o roubo. Michel conta que sentiu a mão de Marcela em seu ombro informando que se tratava de um assalto.
“Ele veio com a arma na minha cara e começou a gritar para eu entregar tudo. Ele montou na minha moto e eu disse que ele podia levar tudo. Ele mandou a gente ajoelhar. Foi então que eu um PM indo em direção ao bandido e só lembro de ter gritado pra ele deixar o cara levar a moto”, relembra Michel.
Segundo o noivo de Marcela, o policial surpreendeu o assaltante, que acabou caindo da moto e saiu correndo, contornando as bombas do posto. Foi neste momento que o PM iniciou uma perseguição ao suspeito e começou a atirar, mas ao invés de correr atrás do bandido, ele apontou a arma para Michel e Francisca e efetuou vários disparos.
“Ele deu alguns passos, pegou a visão do bandido e abriu dois disparos. Ainda correu um pouquinho, se posicionou, mirou em mim e deu outro tiro que passou por cima da minha cabeça. Ele deu um tiro em mim e dois na direção da Marcela. Eu só lembro de ter gritado para ele parar, porque era minha esposa. Ele dá uma olhada e sai correndo em direção à rua para tentar atirar nos bandidos”, relata Wilker Michel.
Nas imagens é possível ver o noivo de Marcela tentando socorrê-la. Ela ainda chegou a ser levada por uma ambulância, mas morreu a caminho do hospital. O tiro a atingiu nas costas. No inquérito, a polícia afirmou que “há claros indícios de que o disparo que atingiu Marcela Francisca partiu da arma de fogo do policial militar”, mas que ele agiu em legítima defesa e por isso não teve a prisão em flagrante decretada.
O caso foi encaminhado para a Delegacia de Heliópolis, onde aconteceu o crime. Paralelamente ao inquérito da Polícia Civil, um inquérito policial militar investiga a conduta do policial.
Marcela Francisca foi enterrada na cidade de Sigefredo Pacheco vestida de noiva. Ela se casaria no fim deste mês com Wilker Michel.
(Portal o Dia)
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